domingo, 17 de março de 2013

Três textos escolhidos



Pessoal, escolhi três textos daquela atividade que fizemos: dois da turma A e um da turma B. Há outros muito bons, em ambas as turmas, mas os três escolhidos são suficientes para mostrar o que eu gostaria de ler (é só para dar uma ideia). São eles:

Rekhmaré

Em 2.800 a.C., às margens do Rio Nilo, nasceu um homem que recebeu o nome de Rekhmaré.

Rekhmaré sonhava um dia ser faraó. Só que na época em que ele vivia, para ser faraó era preciso ser filho de faraó; então ele abriu mão de seu sonho e passou a ser servo do faraó.

Um dia, já adulto, Rekhmaré foi chamado pelo faraó para fazer parte do corpo de funcionários que administrava o Estado Egípcio, já que o faraó não conseguia controlar tudo sozinho. Rekhmaré então entregou sua vida àquela função, dedicou-se somente àquilo, e conquistou a confiança do faraó de tal forma que começou a morar no mesmo palácio que seu superior.

O faraó era cercado de belas mulheres, e uma delas, por nome Dalila (que se destacava dentre todas por sua beleza deslumbrante), apaixonou-se por Rekhmaré: uma paixão proibida, pois se ela se concretizasse, seria fatal para os dois, que seriam mortos, e também suas famílias.

Rekhmaré não aceitou a proposta de Dalila, não por medo da sanção que poderia lhe ser aplicada, mas sim pelo respeito à imagem sagrada do seu faraó, pois acreditava que, se o traísse, seria amaldiçoado por onde fosse, e onde ele morasse a terra secaria e não daria mais alimentos, e nem não choveria mais nela, pois o faraó era um deus.

Sendo assim, Rekhmaré continuou fiel ao seu faraó e morreu ajudando a administrar o Egito e a formalizar as leis que eram criadas pelo seu soberano.

Mateus Lázaro e Bruna – 1º A


Helena de Esparta

Helena olhava os primeiros raios de sol que entravam pela janela de seu quarto. Aos 65 anos de idade, ela ainda era capaz de admirar os raios que abençoaram o nascimento de seu filho, o guerreiro Leonidas. Ela se lembrava daquele dia em que viu a cabeça da criança ser iluminada pelos primeiros raios dourados da manhã. Ali, teve a certeza de que os deuses acompanhariam seu filho.

No dia da apresentação de Leonidas no monte Aristófanes, Helena não teve medo quando o filho foi levado aos braços dos anciãos, que atestariam se aquela criança seria capaz de defender Esparta, como seu marido conseguira. Ela havia sido educada para aceitar o julgamento de morte do filho, caso ele fosse considerado imperfeito para ser um guerreiro espartano. Helena tinha a certeza de que aquele bebê pequeno e indefeso seria o maior guerreiro que Esparta veria.

Aos sete anos de idade, a criança já se mostrava valente nos treinamentos. Helena acompanhava todo o processo de aprendizagem do filho, mostrando ser a sua principal conselheira. E ela o era, pois seu marido Quírios sempre estava em batalhas para defender Esparta do domínio persa. Quando ela recebeu a notícia de que Leanidas iria ser levado para o treinamento decisivo na formação de um guerreiro, Helena sentiu seu coração despedaçar-se, pois sabia que seu filho poderia nunca mais retornar ao lar. Mas ela foi firme e não demonstrou fraqueza, pois se lembrou que Leonidas fora abençoado pelos raios do sol dos deuses.

Ela viu seu filho correr como um guerreiro atrás de escravos que tinham sido soltos nos vales Otúlis. Leonidas teria que matar todos os escravos e trazer suas cabeças como forma de ser reconhecido oficialmente como guerreiro. Assim ele o fez.

Passados anos desde o batismo do novo guerreiro, Leonidas fez cumprir a promessa de sua mãe. Ele era o maior guerreiro que Esparta vira. Aos 65 anos, Helena, apesar de não poder participar das tomadas de decisões políticas em Esparta pelo fato de ser uma mulher, era respeitada por ter gerado o guerreiro mais valente e ousado de toda a Grécia Antiga. Ela era a mulher mais abençoada pelos deuses por ser mãe do rei mais poderoso e aclamado de Esparta: o rei Leonidas.

Taís Antônia, Elisângela e Ariane – 1ª A


Absirto

Em 520 a.C., em Atenas, vivia uma família humilde, formada pela mulher, Aagje (que estava grávida), seu marido Abadir e seus três filhos. Passados cinco meses, nasceu o último filho do casal, Absirto.

Eles eram todos de naturalidade ateniense. Eram cidadãos, mesmo sendo um povo pobre. Aceitavam tudo que vinha dos mais poderosos; eram tranquilos e submissos à Aristocracia de Atenas.

Anos se passaram e Absirto cresceu. Diferente dos outros integrantes de sua família, ele se preocupava com as questões de seus direitos e se revoltava contra as injustiças cometidas contra o povo pela Aristocracia. Absirto queria estar por dentro de tudo relacionado à política da cidade-estado, pois se considerava no direito, por ser legítimo cidadão de Atenas.

Absirto, com pulso forte, juntou-se a outros cidadãos e fez rebeliões, enfrentando com garra os aristocratas. Nessa época havia o tirano, que intermediava a relação entre o povo e a Aristocracia e assegurava o poder para os aristocratas. Mas Absirto não se deixava levar pelas promessas do tirano, e conduziu o povo a uma enorme revolta contra os poderosos.

Como o povo estava em grande número, com muito esforço ele conseguiu tomar o poder. Absirto, juntamente com o povo, derrubou o tirano. E, em 500 a.C., houve uma revolução política em Atenas: a consolidação da Democracia.

Assim, o povo ateniense passou a participar das tomadas de decisões na política da cidade.

Na primeira reunião da Eclésia, que começou ao raiar do sol, aquele povo, grato a Absirto, o aclamou cidadão de honra. Algum tempo depois, ele passou a representar os cidadãos atenienses na Boulé, o conselho administrativo da cidade.

Até o fim de sua vida, aquele menino, filho de cidadãos simples, defendeu seu povo com unhas e dentes.

Zaira Franciele de Souza Faria e Andreza Aparecida Marques – 1º B

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